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quinta-feira, 4 de março de 2010

SAIBA TUDO SOBRE A FAMOSA SÍNDROME DE PANICO.

Síndrome do Panico


A expressiva maioria dos pacientes com Síndrome do Pânico que procuram o clínico geral ou especialistas que não o psiquiatra, podem ser portadores de outros quadros emocionais associados à essa doença, principalmente de quadros ansiosos, somáticos e depressivos.
Normalmente são quadros cheios de sintomas físicos de origem emocional ou agravados pelas emoções.
O Distúrbio do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens na faixa etária dos 20 aos 40 anos e se encontram na plenitude da vida profissional.
Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.
Depois das primeiras crises de Pânico, por muito tempo os pacientes recusam o tratamento para esse tipo de transtorno psicoemocional.
Normalmente costumam ser pessoas que não se vêem sensíveis aos problemas da emoção, julgam-se perfeitamente controladas, dizem que já passaram por momentos de vida mais difíceis sem que nada lhes acontecesse, enfim, são pessoas que até então subestimavam quem sofria de problemas psíquicos.
O mais importante e mais difícil problema a ser resolvido em relação ao tratamento da Síndrome do Pânico é, exatamente, convencer o paciente de que seu problema é emocional e que tem tratamento.


PACIENTES COM SINTOMAS ANSIOSOS



Os quadros ansiosos associados à Síndrome do Pânico podem ser:

1. - Ansiedade Simples e Generalizada

2. - Quadros Fóbicos

2.1 - Fobia Social

2.2 - Fobia Simples

2.3 - Agorafobia

3. - Quadros Obsessivo-Compulsivos


PACIENTES COM SINTOMAS SOMÁTICOS



Os quadros somáticos associados à Síndrome do Pânico podem ser:

1 - Dor Psicogênica

2 - Hipocondria

3 - Somatizações (Transtorno Somatomorfo)


Antes de chegar ao psiquiatra, na maioria das vezes o paciente já passou por vários especialistas, começando quase sempre pelo cardiologista, depois pelo neurologista. É extremamente difícil que ele admita ter um problema da esfera emocional e, às vezes, até desejaria que seu problema fosse físico. Isso tornaria mais fácil justificar para os outros a natureza de suas queixas e, ficaria mais fácil também, explicar para si mesmo que, de fato, ele não é um fraco, que ele não tem frescura, que o que ele sente realmente é concreto.
Mesmo depois de parcialmente convencido, o paciente continua ainda a recusar o tratamento. Agora o problema são os medicamentos. Uma parte desses pacientes reluta em usar medicamento devido ao próprio medo ocasionado pelo Pânico; têm medo dos medicamentos, dos efeitos colaterais, de tudo. Em seguida, relutam ao tratamento medicamentoso pelo estigma de quem usa psicofármacos, aqueles horríveis remédios que dopam", "que viciam", etc.
O ataque típico de Pânico tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico em geral em 10 minutos acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente e um anseio por escapar. Os 13 sintomas físicos são os seguintes:

1 - palpitações,
2 - sudorese,
3 - tremores ou abalos,
4 - sensações de falta de ar ou sufocamento,
5 - sensação de asfixia,
6 - dor ou desconforto torácico,
7 - náusea ou desconforto abdominal,
8 - tontura ou vertigem,
9 - sensação de não ser ela(e) mesma(o),
10 - medo de perder o controle ou de "enlouquecer",
11 - medo de morrer,
12 - formigamentos e
13 - calafrios ou ondas de calor.



Os sintomas acima podem se manifestar com exuberantes sintomas autossômicos, que são determinados por desequilíbrio do SNA (Sistema Nervoso Autônomo) e/ou com a coexistência de Transtornos Psicossomáticos, podendo afetar os diversos órgãos ou sistemas, conforme a Lista abaixo.

Cardiologia: Palpitações, arritmias, taquicardias, dor no peito
Gastroenterologia: Cólicas abdominais, epigastralgia, constipação e diarréia
Neurologia: Parestesias, anestesias, formigamentos, cefaléia, alterações sensoriais
Otorrino: Vertigens, tonturas, zumbidosClínica Geral: Falta de ar, bolo na garganta, sensação de desmaio, fraqueza dos membros, falta de apetite ou apetite demais
Ginecologia: Cólicas pélvicas, dor na relação, alterações menstruais
Ortopedia: Lombalgias, artralgias, cervicalgias, dor na nuca

Psiquiatria: Irritabilidade, alterações do sono (demais ou de menos), angústia, tristeza, medo, insegurança, tendência a ficar em casa, pensamentos ruins
Alguns desses sintomas estão presentes na crise de Pânico, outros na crise de Fobia (principalmente Fobia Social), outros na Dor Psicogênica ou nos Transtornos Somatomorfos. Vejamos uma lista com a maioria dos transtornos psicossomáticos (com componente físico), possivelmente associados ao Pânico.
Como se vê, trata-se da mesma lista mostrada no tratamento das depressões atípicas. Isso porque a Depressão Atípica e a Síndrome do Pânico são, praticamente, da mesma família psicopatológica.
Havendo necessidade do tratamento médico, este deve ser duplamente direcionado: à Depressão e à Ansiedade. A maioria dos clínicos gerais e especialistas não psiquiatras têm optado, por várias razões, aos ansiolíticos como primeira opção medicamentosa.
Entre as razões dessa escolha estão, principalmente, o hábito e o desconhecimento do manuseio com antidepressivos, juntamente com o fato dos ansiolíticos proporcionarem um efeito imediato, cortando a crise imediatamente. Entretanto, sabendo que a Depressão pode estar sendo a base psicofisiológica dos sintomas de pânico e ansiosos, o mais correto seria iniciarmos o tratamento com antidepressivos, normalmente associados aos ansiolíticos na fase inicial do tratamento.
A existência de sintomas físicos em pacientes emocionais exige sempre uma adequada avaliação clínica. Não havendo confirmação clínica e laboratorial de que as queixas físicas representam, de fato, algum transtorno orgânico, estaremos diante de um quadro chamado Somatiforme. Caso hajam alterações clinicamente constatadas, como por exemplo uma hipertensão, taquicardia, úlcera digestiva, etc., estaremos diante do Transtornos Psicossomáticos associados à Síndrome do Pânico (veja como as emoções podem causar transtornos orgânicos verdadeiros).
O médico deve sempre orientar o paciente acerca de dois fatos extremamente importantes; primeiro, que a Síndrome do Pânico tem cura e, em segundo, que o tratamento é longo. Apesar dos sintomas desaparecerem paulatinamente após o primeiro mês de tratamento, a medicação deve ser continuada por um período longo, sob o risco dos sintomas reaparecerem caso o tratamento seja interrompido.

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