AI QUE SAUDADE DA MINHA HUMILDE CASA.

Querido pastor fabrício,lhe envio esse Email como um desabafo pois não tenho mais suportado viver da maneira que eu estou vivendo,se for possível publique no seu Blog  para que os jovens fiquem em alerta,pois muitos deles podem cair no erro que eu cai.

Eu nasci na cidade de Brejo santo no ceará,vivi até os meus 16 anos em uma expressiva pobreza ,me lembro pastor que nem roupa para se vestir nós  tínhamos, andávamos o dia todo pelados eu e meus irmãos,e fazíamos apenas uma refeição por dia , o meu pai vinha trabalhar no rio de janeiro de pedreiro e chegava a ficar seis meses fora de casa ,um irmão meu morreu de malária com cinco anos de idade pois não tinha bons hospitais,nós choramos e sofremos muito,éramos pobres mas eramos muito unidos ,dormia todos os dias juntinhos abraçados com a mamãe,uma mulher guerreira de muita fibra e honestidade,como eu tenho saudades da minha mãe e da minha humilde casa ,como eu era feliz, a minha casa era de pau-a-pique,mas era uma casa com pessoas maravilhosas,os meus irmãos eram maravilhosos ,amigos e unidos ,eram nove filhos, mas todos trabalhadores e honestos.

Vim trabalhar no rio de janeiro ,meu pai me trouxe para trabalhar na casa de uma familia,aonde através dela eu estudei e me formei com a ilusão de ganhar dinheiro e ajudar a minha mãe.com vinte anos eu conheci um rapaz de uma familia nobre e rica de campos ,com quem aos dois meses de namoro me entreguei a ele e me engravidei,fiz tudo de propósito com a intenção de casar com aquele moço,para poder ter um lugar pra eu me apoiar.essa foi pastor a maior besteira de toda a minha vida, casei com um homem prepotente e insensível,tenho vinte e oito anos de casada com dois filhos formados, e sou a mulher mais infeliz do mundo,a minha casa é o lugar mais frio que existe ,sou hoje uma mulher formada ,tenho um bom carro uma boa casa,mas não tenho alegria,os meus filhos são iguais ao pai , são frios ,ficam até um ano sem me procurar,eu que tenho que me preocupar .

A que saudade da minha casinha pastor eu era tão feliz com toda aquela pobreza,nos não tínhamos roupas mas tínhamos abraços, ansiava-mos pela chegada do papai,mamãe nos arrumava com a unica roupa que tínhamos ,e quando papai chegava era uma enorme e incomparável alegria,ele trazia bonecas e bolas para nós,que pai maravilhoso eu tive. 

Espero que todos os jovens que lêem esse Email,reflitam bem sobre casamento e não faça a bobagem que eu fiz em minha vida,dinheiro não é felicidade,existem coisas bem mais importante do que posição social isso tudo é um lixo, bom é ter uma casa aonde há amor ,alegria e abraços.

                                  ANÔNIMA.