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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MOVIMENTO GAY,ENFRENTA UM DOS SEUS PIORES OPOSITORES,DEPUTADO JAIR BOLSONARO (CAPITÃO DO EXÉRCITO )

Frente GLBT enfrenta outros desafetos além da Frente Evangélica

A reportagem especial da Revista Época dessa semana coloca  em choque duas linhas de pensamentos que tem gerado atrito logo nos primeiros dias de mandato lá na Câmara Federal. De um  lado está o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), primeiro homossexual assumido na casa que está liderando a Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
Do outro está um grupo liderado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), Capitão do Exército, em seu sexto mandato, que aliado a outros grupos formam uma frente que pretende barrar os projetos criados para favorecer os grupos GLBT. Junto com o capitão está a Frente Evangélica, a Frente da Família e outros parlamentares.
Wyllys quer propor um projeto de lei que institui o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, em vez de insistir apenas na regulamentação da “união civil” – termo adotado por alguns integrantes do movimento gay, para evitar a discussão no campo religioso.
Enquanto corre atrás de assinaturas para Frente GLBT, Wyllys sentiu como será dura essa batalha. Na semana passada sua página do Facebook foi bloqueada em menos de 24 horas porque uma série de usuários da rede fez uma ação coordenada para denunciar a página como falsa.
Na Câmara a voz que mais brada contra os projetos de Wyllys que é jornalista e professor universitário, é a voz do Capitão Bolsonaro que não mede palavras para se posicionar contra as leis que ele julga como sendo o “primeiro passo para desgraçar o país”. Já a Frente Evangélica e a Frente da Família tratam o tema com palavras mais brandas.
Veja alguns trechos da entrevista:
ÉPOCA – Qual é a pauta da Frente GLBT?
Jean Wyllys – Primeiro, a defesa do projeto Escola Sem Homofobia. Depois, também vou protocolar o projeto de casamento civil [entre pessoas do mesmo sexo]. Vou propor e protocolar no dia do lançamento da frente. Existe um projeto tramitando de união estável, nós vamos propor outro. Não é “casamento gay”. (…) O Estado é laico e o casamento é um direito civil, ele tem que ser estendido ao conjunto da população, independente da orientação sexual e identidade de gênero. Se os homossexuais têm todos os deveres civis, então têm que ter todos os direitos. É assim que funciona uma república democrática de verdade.
ÉPOCA – Como avaliou o material do kit Escola Sem Homofobia?
Wyllys – O material cumpre a função a que se propõe. Ao contrário do que alguns deputados de orientação evangélica têm falado, cumpre muito bem o que se propõe sem ferir brios, sem ferir a moral. É um material muito bem elaborado que contribui para construir uma cultura livre de direitos humanos e diversidade na orientação sexual nas escolas, que é hoje o espaço privilegiado de reprodução da homofobia.
ÉPOCA – Como vê a criação da Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT?
Jair Bolsonaro – O primeiro passo para desgraçar um país é mexer na célula da família. Eles vão atacar agora o ensino fundamental, com o “kit gay”, que estimula o “homossexualismo” e a promiscuidade. Tem muito mais violência no país contra o professor do que contra homossexuais. Quando eles falam em agressões, é em horário avançado, quando as pessoas que têm vergonha na cara estão dormindo. A regra deles é a porrada e querem acusar nós, os normais, os héteros.
ÉPOCA – O senhor acha que falar mal de gays publicamente é um direito?
Bolsonaro – Qual o problema? Eu vou continuar criticando porque eles querem ser uma classe de primeira categoria. É o plano do Projeto de Lei 122 [que criminaliza a homofobia] que está no Senado. Se aprovar aquele projeto e um dia eu tiver que aprovar alguém comissionado, eu já nem pego o funcionário se perceber que joga no outro time. Isso porque, na hora de ser mandado embora, você nunca sabe o que ele vai alegar. Olha que absurdo, numa escola, dois moleques de 16 anos começam a trocar beijos e, se o diretor advertir, começa com três anos de detenção. Quer dizer, começa com “kit gay” na escola, uma proibição como do PL 122, mais a lei da palmada, esse país vai virar terra de ninguém.
Fonte: Gospel Prime

Um comentário:

  1. Esse deputado não é referência de ética e moral pra uma sociedade, ao contrário ele representa um dos grupos mais reacionários e discriminatórios desse país, a extrema direita - odeiam homossexuais, negros, judeus, cinganos etc.

    Não sei porque igrejas perdem tempo com esse tipo de discussão, levantando bandeiras que não é a de Jesus de Nazaré.

    O Mestre amado jamais incentivou levantar bandeira da moralidade e em nome dela ir as últimas consequencias, não, jamais, Ele mandou levantar a bandeira do amor ao próximo, aí todas as questões ficam menores, e o reino de Deus é estabelecido.

    Fiquei estarrecido quando no ano de 2010, o inanarrável Pr. Silas Malafaia, aquele pregador fanfarrão, novo expoente da famigerada teologia da prosperidade, espalhou por todo estado do Rio de Janeiro "Outdoors" numa "guerra" declarada aos homossexuais, além de está gastando dinheiro doado pelos fiéis, fazendo propaganda homofóbica em nome de uma pseuda defesa da família.

    Onde estamos ?, é essa a obediência ao "Ide" de Jesus ? - fazer guerra contra minorias nesse país.

    O livro de Atos narra no seu capítulo 2 que a nascente igreja nutria a simpatia do povo de sua época. A igreja atual pode dá o mesmo testemunho ? Claro que não, pois a igreja se debate em questiúnculas que não carrega o espírito do Evangelho.

    Fico por aqui, abraços.




    Mauro Silva

    Presbiteriana de Cabo Frio

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