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terça-feira, 19 de junho de 2012

Um igreja verdadeiramente prospera...



Que parâmetros podem ser utilizados para que uma igreja seja avaliada como próspera nos moldes bíblicos, e não pela teologia da prosperidade?

É uma igreja equilibrada. Uma igreja próspera não pende nem para pregar a teologia da prosperidade nem a teologia da miséria. É uma congregação que sabe motivar seus membros a trabalharem, a confiarem em Deus e a contribuírem para que todos tenham o necessário para sua subsistência. O equilíbrio dessa igreja faz com que ela entenda que pobreza não é sinal de maldição de Deus, nem que a riqueza é necessariamente um sinal da bênção de Deus (muitos ricos, crentes, burlam o fisco com declarações falsas e ainda contam esses fatos como vitórias que Deus lhes concedeu. Esquecem-se do A César o que é de César...).

É uma igreja aberta às necessidades de seus membros"Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre" (Mt 26.11). Jesus não desfez dos pobres, e deixou claro que eles sempre existiriam. Uma igreja próspera não despreza aqueles que tem poucos recursos em detrimento dos que tem muito: "se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores" (Tg 2.9). Uma igreja próspera é consciente de que não pode desprezar seus pobres, e que deve assistilos, como o fizeram a Igreja em Jerusalém (nos dias dos apóstolos, as viúvas dos gregos reclamaram que estavam sendo preteridas na distribuição dos recursos ofertados, e nesse momento foi instituído o diaconato, a fim de que houvesse equilíbrio na distribuição dos recursos) e as igrejas dos macedônios (uma comunidade de igrejas compostas de pessoas predominantemente pobres, e que precisavam de ajuda financeira, mas que por terem se dado primeiramente ao Senhor, abriram mão do pouco que tinham para cooperar com os crentes em Jerusalém - 2 Co 8).

É uma igreja que não se esquece de partilhar seus recursos para a obra de Deus. Muito se pode fazer por meio de ofertas missionárias e outras manifestações de generosidade para com a obra de Deus. Há igrejas em nossos dias que pagam altas somas de dinheiro para que um artista venha ao templo, cante três músicas e vá embora sem permanecer ou participar do culto. Curiosamente falando, raramente essas igrejas demonstram o mesmo grau de generosidade para financiar um curso teológico para um obreiro que deseja se capacitar, e raramente enviam ofertas missionárias a obreiros que estão em tempo integral evangelizando e pregando o evangelho. Uma igreja próspera investe no Reino, na divulgação do evangelho e na preparação de obreiros que servirão a Senhor.

2 comentários:

  1. Pr. Fabricio

    Belo texto, não esmoreça nessa caminhada que é penosa, mas que nos revigora no própio caminho.

    NOssa missão é simples, pregar o Evangelho com simplicidade, pois o seu poder está na própria simplicidade que deixam perplexos gregos, judeus e poderosos deste mundo.

    A nossa riqueza está escondida em Jesus, pois onde estiver nosso tesouro aí estará nosso coração.

    Como Jesus não é uma religião, mas Caminho, Verdade e Vida, a nós cabe apenas segui-lo

    Continue colocando textos que denuncie erros e ensinem o nosso povo.

    Abraços


    Mauro Silva de Cabo Frio

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  2. Caro pastor,

    Seu texto demonstra explicitamente a ideologia Neoliberal Capitalista Burguesa, necessariamente vigente na sociedade baseada na exploração proletária e na acumulação de capital, ou seja, neste contexto social "´podre" em que vivemos, a sociedade moderna e capitalista na qual a sua figura, ou a sua posição, segundo Gramsch, é designada como sendo a de um "intelectual orgânico" da classe a qual você pertence, a propósito, a classe BURGUESA. O seu papel calvinista está sendo bem desempenhado entre seus fiéis burgueses, na manutenção, transmissão e perpetuação dos valores de sua classe e na alienação,tão necessária para a preservação dessa dinâmica.
    Para finalizar, caro pastor, Karl Marx (Sei que talvez muitos de vocês tremam diante desse nome e finjam não conhecer) em seus estudos, afirma que a existência de "pobres" não é algo natural ou instituído por Deus como afirmado em seu texto acima, mas é um fato construído social e historicamente pela burguesia, que portanto é "rica" porque se apropria do trabalho alheio e da "mais-valia" produzida através deste. Para ser mais clara, a riqueza dos empresários que compõem o seu quadro de membros não é mérito deles, mas fruto do trabalho escravo de seus funcionários e da apropriação desigual dos lucros da produção. Então, não fale mais que Jesus disse em sua palavra que é normal a sua família viver "nababescamente" como vive, em detrimento de tantos miseráveis.Saudações comunistas e até breve!!!

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