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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Deputado israelense rasga Novo Testamento e joga no lixo



O deputado do parlamento israelense (Knesset), Michael Ben-Ari, rasgou um Novo Testamento e atirou-o ao lixo em frente às câmaras em seu gabinete.
De acordo com o site israelense NRG, 120 deputados receberam cópias do Novo Testamento como presente de Victor Kalish, diretor-executivo de uma editora cristã especializada na distribuição de textos religiosos em Israel.
O deputado Ben-Ari, membro do ultranacionalista Partido da União Nacional, sentiu-se ofendido e justificou seu ato dizendo que “este livro abominável promoveu o assassinato de milhões de judeus durante a Inquisição. É uma horrenda provocação missionária da Igreja Cristã. Não há dúvidas que este livro e seus remetentes pertencem ao lixo da história”.
Ele lembrou ainda que muitos cristãos perseguiram os judeus, ao longo dos séculos, acusando-os de serem os responsáveis pela crucificação de Jesus.
O porta-voz do governo Mark Regev disse: “Lamentamos este comportamento e condenamos sem rodeios. Essa ação está em desacordo com os nossos valores e nossas tradições. Israel é uma sociedade tolerante, mas temos tolerância zero para este tipo de ato desprezível e odioso”.
Kalish justificou que enviou as Bíblias com uma carta explicando que se tratava de uma edição especial, com mais de 90 mil referências. “Trata-se de um precioso fruto da cooperação entre as Sagradas Escrituras e cristãos de todo o mundo, que lança luz sobre o Antigo Testamento e ajuda a compreendê-lo”, explicou Kalish.
O ato gerou polêmica em Israel, mas foi noticiado que Tzipi Hovotely, membro do partido governista do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu,enviou um pedido ao presidente do Knesset, exigindo que seja proibida a distribuição de materiais missionários.
A Liga Anti-Difamação (ADL) divulgou um comunicado condenando o de ato Ben-Ari. “Como judeus, esperamos que os outros tratem os nossos livros sagrados com respeito e compreensão. Também devemos mostrar respeito pelos livros sagrados de outras religiões”, disse Abraham Foxman.
“Um membro do parlamento é um representante do Estado de Israel e não deveria mostrar um desrespeito tão grande por outra fé”, continuou Foxman. “Suas ações são contrárias aos valores judaicos e os padrões de uma sociedade democrática como Israel”.
A ADL enviou uma carta a Ben-Ari, sugerindo que a melhor resposta teria sido “chamar as autoridades competentes para investigar”. O grupo lembrou que a editora que enviou as Bíblias disse que sua intenção era “informar os parlamentares da riqueza dos textos religiosos produzidos em Israel”, e não para fazer proselitismo.
Outro membro do Knesset, Reuven Rivlin, do partido Likud, condenou o ato do colega. “Imagine o que aconteceria se um membro do Parlamento de outro país queimasse uma cópia do Torah, porque pensou que a enviaram como uma provocação”. “Democracia significa liberdade de expressão”, finalizou Rivlin, “e não a liberdade de ignorar os sentimentos dos seguidores de outras religiões”.
Traduzido de Israel National News e Yahoo News

2 comentários:

  1. Amados no Senhor,

    Não concordo com o ato de Michael Ben-Ari. Por outro lado, entendo sua ira quando olhamos para a história dos judeus. Foi muito sangue derramado. Não apenas por desobediência deles. Mas, por causa do falso e hediondo Cristianismo por trás do Romanismo. Omissão de cristãos e suas autoridades. Porque muitos dos nossos segmentos abraçaram a Teologia da Substituição - que diz: Israel foi rejeitado para sempre e a Igreja tomou o seu lugar no Plano Divino Através dos Séculos. Convido-os a visitar o samuca-borges.blogspot.com arquivo - Israel e fim dos tempos. Ali temos vários artigos. Para quem entende ou entender que o maior acontecimento mais relevante do século vinte foi a ressurreição do Estado de Israel. E não tenho dúvidas, muitos religiosos se deixaram usar pelo maligno para oprimir Israel, na tentativa de desacreditar as Escrituras a seu respeito e quanto à soberania Divina na História humana.

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  2. Dentro do nosso olhar cristão acidental parece absurdo, e é.
    Mas a um peso na memória de Michel Ben-Ari quando lembra da história de seu povo e sociedade Israelense.
    >Muito interessante<
    Tenho certeza que essa atitude divide opiniões;

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